Lembro-me de ti nos dias menos bons, quando me sinto mais sozinha, lembro-me de ti e da forma como completavas os meus dias. Da forma como me dirigias as palavras, e nunca me deixavas só, nunca me julgavas se era mimada ou deixava de o ser, afinal tu nunca foste como eu, não precisaste de crescer a todo o custo, não precisas de ver quem mais amas a sofrer e ter uma postura adulta quando a vontade era de brincar e de ser amada, de ter todo o carinho e amor que uma criança da minha idade necessitava. Não precisava de mais ninguém, estavas sempre comigo, e sentia-me sempre cheia e feliz. Não tinha tempo para pensar, nem sequer de me aperceber de que se calhar estava realmente sozinha. Foste embora. Permitiste com a tua ida, que tudo o que eu não queria aflorasse, agora, continuo a amar-te dia sim, dia não, há dias que me criticas e não olhas para ti, e para as tuas atitudes, dizes que eu critiquei, mas tu também e para não andares só, fazes dela tua melhor amiga, mas sabes eu vivo vem com esses tuas chapadas, com as respostas secas, não me vou rebaixar porque eu sou criança e as crianças não se apercebem que erram, por isso está na altura de me mostrares todo esse adultério que há dentro de ti, e te faz ser superior a minha pessoa. Eu tenho a noção que estou “sozinha”, sinto aquilo que não quero, solidão, tristeza, angústia, frustração, que tem alguém que lhes completa os dias, que profere palavras bonitas, que abraça e que beija. Já passei noites em branco, já andei de mãos dadas com a tristeza e solidão por tua causa. Mas agora acabou, todas as coisas servem para aprender-mos, e eu aprendi que em primeiro lugar estou eu, não é egoísmo, mas nesta idade amigos há muitos, aliás supostos, mas são raros os que depois de muitos anos nunca nos desiludiram, os que nunca disseram mal nas nossas costas. É um facto, por isso, coisas que me façam a mim, hoje já não me afectam mais, hoje já não choro mais por ti. Podes-me chamar criança, mas a única criança és tu, eu cresci, tu não. E a verdadeira felicidade, começa-se a construir quando se aprende. Calei. Sabes, mas não consenti. Não me ouves mais, tenho feito um esforço, e tenho aumentado a minha tolerância, mas tenho vozes a gritar na minha cabeça. Não melhorou nada, não adiantou nada. Não te vou dizer nada, não vou fazer nada. Vou simplesmente aprender a deixar gostar de ti, a deixar-te ir, a deixar que as tuas atitudes destruam o amor que nutro por ti. Não importa se vai doer, agora já não importa, tenho de lutar para ires embora, porque há coisas que nunca mudam. E sabes eu não sou nenhum boneco, odeio que brinquem comigo, por isso chega, basta. Perdi-te a ti mas em troca tenho alguém que me ame pelo que eu sou, que me faz sentir a melhor pessoa do mundo, e que me limpa as lágrimas que tu me causas! Por isso vou-me ausentar do blog, porque não ando com cabeça para isto Lamento meus caros seguidores, eu volto em breve :s
gostei muito, mais uma vez.
ResponderEliminarobrigada (: