Hoje fui até a praia, precisava do ar fresco que me fazia esquecer todas as desilusões desta triste semana .Sentei-me à beira mar. E comecei a desenhar todos os sacrifícios, todos os sonhos, todos os bons momentos e quando cheguei ao fim, da minha bela obra de arte veio uma onda e levou tudo apenas num segundo, não o quis prender, deixei-o ir, vi que aquilo já não me pertencia. O dia está lindo, o sol brilha de uma maneira tão ternurenta que só me apetece abraçá-lo e agradecer-lhe por me aquecer. É bom ter um sol por perto, ele acalma-me e faz-me esquecer tudo aquilo que se entranhou no meu pequeno coração. A paisagem é demasiado linda, e ao observar tudo em meu redor, eu só me conseguia lembrar do passado que enterrei. Foi nesse momento que levantei os olhos da areia e vi, que o mar não consegue levar os sentimentos que eu nutro por ti, por muito que eu desejasse, vais continuar a ser a minha sombra. Acho que chegou a hora, a hora de te deixar ir. Sou obrigada a desistir de ti. Mesmo que não queira, mesmo que não consiga, mesmo que o meu maior desejo seja pedir-te para engolires o teu orgulho e veres o quanto isso te faz mal, sou obrigada a seguir o caminho oposto ao teu. Tenho de te deixar partir sem poder dizer que não quero que vás, sem te poder pedir que fiques e sem sequer me poder despedir de ti e dizer-te que foste o meu porto de abrigo, o meu diário, foste sem dúvida quem me apoiou nas horas mais difíceis. Tu decidiste o nosso futuro sozinha, ditaste as regras e agora já não posso ser eu a quebra-las. Acho que já não sei jogar contigo, por isso cheguei a linha final e tu perdes-te por esse universo repleto de obstáculos . Levantei-me e continuei a minha caminhada na praia, e por cada pedra que achava dei-lhe uma razão desta zanga, cansada de tudo e de muitas lágrimas perdidas, voltei a sentar-me e conclui que o mal não és tu, são os que te rodeiam. Só de ver, acredita, há pessoas que pensam que tem o rei na barriga, que podem falar de tudo e de todos, É normal numa pessoa que não sabe nada, mas que pensa que sabe tudo. Quer ter tantas experiências alucinantes, que acaba por perder a vida, acaba por não saber amar, porque em toda a vida em que pensou viver muito, estava apenas num estado inconsciente baseado em drogas, uma vida feita de ilusões, de um bem estar provocado, falso. Há coisas que me irritam, e esta foi uma delas, e podia estar a bater palmas pelo sucedido, mas não, custa-me ver esta tua ruína, que foi feita não por ti, mas pelos os outros, os que tu chamas serem teus amigos. E que não gostam de ti nem metade do que eu gosto. E já disse podia estar feliz, mas não. Mas cada um constrói a cama em que se deita, talvez um dia te arrependas. Acabei por ficar na praia, espero que um dia me venhas buscar e digas que nada disto passou de um sonho, que tudo isto não passou de um novo jogo que compras-te e tentas-te testa-lo comigo.
obrigado por seguires
ResponderEliminarClaro qe gostei, se não tivesse gostado não tinha comentado...
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