Olho para as pessoas e parecem-me estranhos, são banais, e sinto que por trás delas transportam um saco de falsidade, recuo a passos largos para me afastar do abismo. Não gosto de ti, nem dessa falsa pessoa em que te tornas-te. És falsidade dos pés a cabeça, sinto múltiplos sentimentos, que fazem o meu coração doer. Sinto-me doente por muito que os sinais não sejam visíveis, a constipação congelou-me o odor, congelou-me talvez o coração. Mas amanhã descongela, descongela sempre. Talvez seja frustração, eu dou tudo, mas também preciso, muito antes de querer, de receber. E parece que corre tudo mal. Sentir devo sentir demais, por isso é que sinto que não sinto, porque sinto que não quero sentir. Porque sinto e doí, penso e doí. Viver doí. Qualquer das formas, não vejo maneiras de escapar. É assim mesmo, um dia nas nuvens, outros dias terrena, outros dias tudo de tudo. Hoje sou lunática na terra. Não sei sinceramente o que significa tudo isto. Toda a certeza transforma-se em incerteza. É uma mudança constante, as vezes acho que cíclica. Quero-te tanto, quero que me faças esquecer todas estas duvidas que não me levam a lado nenhum, aliás só pioram. Sinceramente já não sinto o bater do coração, o meu sistema parou e eu adormeci, porque já vivi demais dentro desse filme que me apanhas-te e eu me deixei levar, lamento mas eu quis saber de mim, senti a forte necessida de pensar em mim, de me cuidar, de acordar, procurar a solução, não, não sei jogar como tu, não sei agir como tal, simplesmente tenho um feitio complicado, mas que terias que aprender a lidar e a respeitar.
Há que escolher entre o abismo e a felicidade, entre o lado verdadeiro e a falsidade, entre os amigos de uma vida ou os passageiros, os que sorriem de forma sincera ou aqueles que esperam que caias na primeira pedra, com tantos caminhos decidi que só me restava um, senti que a manipulação já não era para mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário