Não me apetece arranjar definições para o amor, porque não me ia levar a lado nenhum, não iria encontrar, ou então alguém iria discordar. Posso adiantar que quando nos corre mal dizemos : A tua ausência torna tudo diferente, tão monótono. Não há alegria nem vontade de viver. As horas são tristes, custam tanto a passar. O relógio anda mais devagar que nunca e o meu coração aperta-se numa triste solidão. Cada minuto longe de ti é um suplício, é um querer e não poder. É uma vontade imensa, sufocante. Sem ti sinto-me desprotegida, abandonada. Perdi o grande pilar que me segurava, e agora posso desabar a qualquer momento. Já não há muitas razões para acordar todos os dias, para me levantar da cama e querer sorrir. Nada faz sentido se não for partilhado contigo, nenhum momento é perfeito se não fizeres parte dele.
São estes os sentimentos que nos percorrem o pensamento, chegam mesmo em dar connosco em doidas. Queremos sempre arranjar solução e procuramos apoio, fartas de ouvir sempre as mesma coisas, voltamos a este estado critico e lastimável. Amor é complicado de entender, fácil de sentir, mas que não dá grande estabilidade ao coração. A cada dia que passa mais me apercebo de toda esta incerteza, este misto de contradições, um passo certo, outro incerto, extremos que se unem fazem de um conjunto de impossíveis a única realidade do momento. Foste tu que trouxeste todo este conjunto de ridículos, embrulhados com papel de seda cor-de-rosa e um laço pomposo com brilhantes, e eu ingenuamente pensei que o interior seria ainda melhor, algo que não se encontrassem adjectivos para definir, e tu mostraste-me como tudo poderia ser enganador, falso, e construíste para mim todo este sem sentido, e tudo o que eu humildemente pedia era verdade, mas não foste capaz de tal coisa, e tudo o que eu hoje te quero dar, sem esconder nada, é um grande estalo de desprezo, talvez te acorde a ti, talvez me acorde a mim tambéml
(Inventado, mas para muitos uma realidade :s)
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